sábado, 6 de novembro de 2010

A verdadeira chapada sem mão...

Somos o país dos queixumes. Os bebés quando nascem em Portugal choram com mais força. Alguns não pedem de imediato o livro de reclamações na sala de partos porque felizmente ainda não conseguem falar. "Quem não chora não mama". E como a grande maioria quer mamar sem fazer nenhum prefere passar grande parte dos seus dias a reclamar de tudo.

Dói-me aqui, estou flácido, ando mais gorda, a minha sogra faz-me a vida negra, o meu filho é gay, o meu vizinho cheira mal da boca e rouba-me a La Redoute, este padre é pior do que o antigo, o outro é que era bom. Tens mais batatas do que eu, esta cozinheira não me grama. O meu patrão é atrasado mental. "Porque é que estas coisas só me acontecem a mim?"

O problema é que muitas vezes os problemas que dizemos ter não são verdadeiros problemas. Nós é que somos o problema. Nós é que o criamos. Por inércia. Porque não o queremos combater, ou "não conseguimos". Porque não sabemos lidar com ele. E se ele desaparecer? Depois do que nos vamos queixar? Teríamos de arranjar um novo problema, e isso seria outro problema a resolver. No fundo não sabemos viver sem problemas. E depois, quando nos defrontamos com um verdadeiro problema, enfim, é um problema.

Veja o vídeo. Um exemplo de coragem. Se todos tivéssemos a força e a vontade do senhor deste vídeo, Portugal era um país muito melhor…


Obrigado, Tiago Mesquita por me dares a conhecer este vídeo.

Uma Casa Portuguesa VI


Passar em Ílhavo e não tirar uma fotografia à "Vila Africana" seria como ir a Roma e não ver o Papa, embora esta comparação só fizesse total sentido caso esse santo homem tivesse por hábito usar roupas garridas e exuberantes adornos... Brincadeiras à parte, é impossível ficar-se indiferente a este exemplar de arquitectura Arte-Nova.
Tradicionalmente conhecida como a "Vila Africana", o seu interesse reside na fachada profusamente decorada com azulejos, mas que revela um equilíbrio entre os diversos planos e a sua decoração. Destaca-se, ainda os gradeados de ferro pela sua delicadeza.


Localização: Ílhavo, Estrada Nacional 109, nº 135

Tipo: Habitação

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Gazcidla - Nostalgia XXXIX



Há muito, muito tempo. No tempo em que as bilhas de gás eram de ferro e não se chamavam Pluma, nem eram publicitadas por belas meninas, a SACOR (hoje Galp) criou a GAZCIDLA, para a distibuição do gás butano, decorria o ano de 1958...

domingo, 31 de outubro de 2010

Noite de Bruxas


Nesta noite, em que muitos festejam um evento cultural anglo-saxônico, importado pela cultura da televisão, apetece-me algo nosso e aconchegante, para aquecer a alma e aduçar a boca…

Pudim de Abóbora com Especiarias

Ingredientes:
2 copo(s) de leite desnatado
2 unidade(s) de ovo
1 1/2 copo(s) de abóbora porqueira cozida(s) e picada(s)
1 colher(es) (café) de noz-moscada
1 colher(es) (chá) de raspas de laranja
quanto baste de canela-da-china em pó
1 xícara(s) (chá) de adoçante em pó

Preparação:
Coloque os ingredientes, menos a canela, no liqüidificador e bata bem. Despeje em uma fôrma para pudim untada. Leve ao forno moderado, pré-aquecido, por cerca de 1 hora, até assar. Sirva-o quente ou frio, polvilhado com canela.

O Melhor Azeite Biológico do Mundo



O azeite biológico alentejano Risca Grande virgem extra, produzido na zona de Serpa, foi considerado o melhor do mundo numa prova cega entre mais de 70 concorrentes. O primeiro prémio foi obtido no concurso mundial de azeites biológicos da Biofach , realizada em Nuremberga, na Alemanha. Naquela feira, que é considerada a mais importante a nível mundial para o sector da produção biológica, a marca portuguesa arrecadou ainda o nono lugar com o Risca Grande Vintage.

A Herdade da Risca Grande tem 90 hectares, dos quais 78 são ocupados com olival. As oliveiras têm entre 2 e 500 anos. Toda a herdade é cultivada de acordo com as normas da agricultura biológica.

A Risca Grande é uma história extraordinária, de uns suíços que vieram viver para o Alentejo. Chegaram e perguntaram o que se produzia aqui. Azeite. E como se faz azeite? Foram estudar como se fazia. Anos depois, o azeite deles ganhou o prémio da BioFach para melhor azeite biológico do Mundo…

sábado, 30 de outubro de 2010

Salus Vidago - Nostalgia XXVIII



As garrafas de água mineral, Salus e Campilho são extraídos em Vidago. A vila, foi em tempos um dos balneários termais, mais visitados em Portugal. A água é, aparentemente eficaz no tratamento de problemas digestivos, pois contém bicarbonato de sódio e, de acordo com folhetos publicitários, elementos radioactivos. O “spa” está hoje encerrado.

A vila termal, teve um período de esplendor 1875-1877 quando o Rei Luis I, fez visitas consecutivas. A fama dos poderes curativos das águas espalhou-se tão longe que, em 1876-1889, foram premiados, em Madrid, Paris, Viena e Rio de Janeiro.
Um impedimento para o desenvolvimento da Vila, foi a dificuldade de transporte. Os “hospedes” vinham em transportes do Porto, que utilizam estradas que eram muitas vezes, pouco mais que um caminho. Finalmente, em 1907 o caminho-de-ferro, da Régua a Vila Real foi prolongado até Pedras Salgadas, vinte quilómetros ao sul de Vidago. Três anos depois, o primeiro comboio chegou à estação de Vidago. Depois disso, as Termas assumiram uma popularidade renovada. Quando o Hotel Palace foi construído, era o mais luxuoso da Península Ibérica. Havia bailes, quadras de ténis, e campos de Golf e, na ilha do lago havia uma espaçosa pista de patinagem.

Noutros tempos, porém, o consumo de águas minerais, de modo especial as gaseificadas, eram consumidas quase como um complemento medicinal, principalmente contra más-disposições e enfartamentos, daí a designação de águas medicinais.
Por conseguinte, beber dessa água e logo de seguida arrotar, era um bom pronúncio de boa disposição. Não admira que estas águas estivessem por caso mais como um remédio do que propriamente uma bebida.

Sobre Vidago

domingo, 24 de outubro de 2010

Tunel do Rossio







Uma das mais emblemáticas obras do Século XIX, o Túnel do Rossio permitiu a ligação ferroviária entre a Estação do Rossio e a vila de Sintra através da “Linha de Sintra”.

A sua construção teve lugar no período 1887-1890. Esta obra do túnel e estação do Rossio, é considerada a maior obra de engenharia portuguesa do século XIX, e que custou no seu conjunto a quantia de 730 mil Reis, teve o seu início a 21 de Maio de 1887 quando um operário começou a escavar do lado de Campolide, e outro na zona do Rossio. Encontraram-se na noite de 23 para 24 de Maio de 1888.

O túnel tem via dupla com 2613 m de comprimento e com um perfil abobadado de 8 m de largura por 6 m de altura até ao fecho da abóbada. O túnel tem um declive de aproximadamente 1%, descendo 24,26m desde a boca do túnel em Campolide.

Em 8 de Abril de 1889 um comboio atravessa pela primeira vez o Túnel do Rossio. Esta viagem demorou cerca de 27 minutos. As locomotivas a vapor, alimentadas a hulha, circulavam a seis quilómetros/hora.
Inaugurado oficialmente pela Companhia Real dos Caminhos-de-ferro Portugueses a 11 de Junho de 1890.

O túnel esteve encerrado ao tráfego entre 22 de Outubro de 2004 e 15 de Fevereiro de 2008, para obras de reabilitação.

sábado, 23 de outubro de 2010

Licença para uso de Isqueiro - Nostalgia XXXVII



Em Portugal, durante o regime Salazarista, as pessoas precisavam de uma licença para o uso de isqueiros. Essa licença, um pequeno papel oficial emitido pelo governo, custava 10 escudos e deveria ser transportado pelo dono do isqueiro. Em caso de falta da licença, o portador do isqueiro era multado em 250 escudos. Se este fosse funcionário do governo ou militar, a multa poderia ser elevada para 500 Escudos.
O dinheiro recolhido das multas, tal como da venda de licenças, era repassado à Fosforeira Nacional. Sendo que, no caso das multas, 30% era destinado ao autuante. Essa percentagem poderia ser divida com o delator, caso esse existisse.
Essas directrizes foram instituídas pelo Decreto-lei 28219 de novembro de 1937 e foram abolidas em Maio de 1970...

Post inspirado, por: AILIFEBLOG

domingo, 17 de outubro de 2010

Não Comento II



em: O Inimigo Público


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Um Gourmet Português


O restaurante «Aldea», do chefe luso-americano George Mendes, em Nova Iorque, foi distinguido com uma estrela pela nova edição do guia de restaurantes «Michelin Nova Iorque 2011». Esta é a primeira distinção do género para a cozinha de inspiração portuguesa naquela cidade norte-americana. Parabéns a quem honra as suas raízes e as leva a um novo patamar, embora não se escuse ao equívoco de chamar paelha ao nosso arroz de pato e de ter uma fraca lista de vinhos portugueses…

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Quando a boca foge para a verdade...



Antes de falar sobre a Estratégia Nacional para a Energia até 2020, José Sócrates foi apresentado pelo speaker, a uma audiência de 200 pessoas no Pavilhão de Portugal, com um apelido que não era o dele.

O speaker de serviço apresentou-o como José Trocas-te, o nome do conhecido boneco do programa humorístico Contra-Informação, da RTP. Gafe ou troca propositada do speaker incógnito?