
O livro de Raul Simões Pinto, com fotografias de Gabriela Felício e prefácio de Helder Pacheco, intitulado As Tascas do Porto. Estórias e Memórias Servidas à Mesa da Cidade, foi editado em Novembro de 2007 e teve uma segunda edição em Janeiro de 2008. Descobri-o agora.
Se os cafés são espaços mais “educados” e “polidos” de discussão e formação da opinião pública, as tascas (ou tascos, no masculino) podem igualmente sê-lo, talvez numa versão mais rude ou popular (a interpretação é do autor da mensagem; estou aberto a críticas). No prefácio, Helder Pacheco aponta o “operariado das fábricas, do mar e da terra, em cujos bairros os tascos eram instituições obrigatórias”. O mesmo prefaciador indica que os tascos (as tascas) é um mundo masculino fechado, pois, durante muito tempo, as crianças e as mulheres sérias não podiam entrar. E é à noite, continua, que lá se encontram os melhores amigos, com discussões abertas sobre coisas sérias: política, amores, problemas sociais, questões de honra ou de dinheiro. Acrescento eu: e futebol...