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Nos tempos do bafiento Estado Novo foram plantadas Escolas Primárias por todo o território nacional, desde a aldeia mais recôndita ao aglomerado populacional mais urbano.
Nesses edifícios, além do ensino do célebre ler, escrever e contar, podavam-se as mentes, não fossem estas vir a questionar as bases e os valores do regime. A Escola era, tal como hoje e sempre, um importante instrumento ao serviço do Estado e do conceito de sociedade por este perseguido.
O país era rural, os aglomerados populacionais pequenos, as mulheres domésticas e a Escola Primária cumpria o papel a ela destinado.
Nos dias de hoje já não há uma escola em cada povoação, a escola começa em Setembro e as professoras já não usam carrapito nem dão reguadas, já não se vêem tabuadas na mochila, foram substituídas por calculadoras ou em alguns casos pelo Magalhães.
Os alunos já não se levantam em sinal de respeito quando alguém entra na sala de aula e as velhas carteiras com tinteiros ao centro foram substituídas por novas de contraplacado. A tradição já não é o que era...
e ainda bem. O botas já não dá lições a ninguém.