Em Portugal há ideias tão boas como em qualquer parte do mundo. Onde uns vêem desperdício, outros vêem moda. O que alguns acham piroso, outros transformam em tendências...Tela Bags
Malas trendy e amigas do ambiente
Uma coisa é garantida: na Tela Bags não há duas malas iguais. A ideia surgiu em 2004, quando Lisboa se encheu de telas publicitárias do primeiro Rock in Rio, a par com o Europeu de futebol. Helena Pinto, economista de formação e professora de Gestão Financeira, viu nas telas uma oportunidade. "Achei o material fantástico e pensei: o que é que acontece a isto depois?" Investigou e descobriu o triste destino: lixo. E porque não aproveitá-las para fabricar malas? Assim foi. Além da equipa criativa de duas pessoas, a Tela Bags desafia designers para desenvolver a concepção das malas, que podem ir dos 50€ aos 129€.
Port-Art
Viva os santos, as sardinhas, as varinas e as rendas
São três meninas Teles: a Filipa, a Inês e a Guiomar. Duas irmãs e uma prima que decidiram unir esforços e recuperar os símbolos portugueses. Porque o que é nacional é bom. Mas, não só. A Port-Art começou com uma conversa de café no final de 2008: “A ideia é ir buscar os símbolos portugueses e renová-los, recuperar o património porque a geração mais nova tem uma identidade muito dispersa”, explicam. Mergulharam numa pesquisa de tudo quanto é português. Daí nasceram sacos com andorinhas, azulejos – alguns de desenho raro – motos Zundapp ou varinas, pins com imagens dos anos 50 da revista “Crónica Portuguesa” ou joalharia inspirada na renda de bilros.
Adegga
O vinho partilhado online
André Ribeirinho é o chamado cromo dos computadores. Formado em Engenharia Informática, criou o adegga.com com dois amigos para que a comunidade amante de vinhos pudesse partilhar conhecimentos e opiniões. À medida que os utilizadores iam aumentando, aperceberam-se de um problema: “O mesmo vinho tinha nomes diferentes e era mencionado de várias formas nas lojas, nos catálogos e no site”, explica. Para evitar confusões, criaram um código único para cada vinho, o AVIN, que está já a ser utilizado por 50 produtores portugueses, assim como em Espanha, França, Grécia e EUA. Tecnologias à parte, o site é um local de partilha de experiências vinícolas. Há pontuações para vinhos e conselhos sobre marcas. Uma vez por mês há o Twinelis, um encontro de utilizadores do site para provar e beber os vinhos. Uma rambóia...
António Azevedo
O Lego também serve para usar ao peito
Teve a ideia enquanto mexia nos Legos com que brincava quando era pequeno. Depois de proibir os pais de deitar fora as peças coloridas que deixou para trás, começou a brincar com elas e, quando deu por isso, tinha feito uma pregadeira. António Azevedo, é o responsável pela febre dos galos de Barcelos pintados à mão de forma alternativa (com bandeiras ou Santos Antónios), é também um dos responsáveis pela criação da Feira da Ladra Alternativa, que acontece de dois em dois meses no Largo do Salvador, em Alfama.
PS- A menina da foto é Ucraniana, o Biquini foi feito na china e a t-shirt em Macau, a bola foi fabricada no Afeganistão. O que é nacional é bom. Este é o estado do nosso país...