Até ao final dos anos 30, Portugal era abastecido de produtos petrolíferos por várias empresas estrangeiras como a Shell, a Vaccum (que se viria a tornar a Vacuum-Socony) e a Atlantic.
Em 1933, foi constituída a Sociedade Nacional de Petróleos (ou SONAP), a qual era detida por investidores estrangeiros (60%) e o Estado português (40%), mas que em nada mudou o panorama português do mercado de combustíveis.
A necessidade de refinar localmente o petróleo, cria condições para posteriormente ser criada a Sociedade Anónima de Combustíveis e Óleos Refinados (ou SACOR) em 1937.
As origens da Galp Energia estão na Sacor criada a 28 de Julho de 1937, na sequência da Lei dos Petróleos.
A SACOR escolheria Cabo Ruivo, na zona oriental de Lisboa, que era uma zona tradicionalmente industrial, para instalar a sua refinaria, inaugurada a 11 de Novembro de 1947.
300 000 toneladas por ano era o potencial de produção desta refinaria, que esteve em funcionamento durante 47 anos, tendo sido desmantelada para dar lugar à Expo’98, em Lisboa.
Nos anos que se seguiram à guerra assistiu-se um substancial aumento do parque automóvel, a SACOR criou uma rede de postos de abastecimento por todo o país. Muitos destes postos partilhavam o mesmo desenho, e são ainda hoje facilmente identificados pelo arco que abriga as bombas.
No pós-25 de Abril, estas empresas, mais a Gás de Lisboa (que era independente) foram nacionalizadas, tendo os seus negócios ultramarinos sido entregues às ex-províncias ultramarinas, e com o restante sido criado a Petrogal (petróleo) e a Gás de Portugal (gás). Estas viriam a ser transformadas em sociedades anónimas e viria a ser criada uma sociedade de gestão de participações sociais (SGPS), a Galp, que viria a ser privatizada. Em 2005, a Portgás (negócios de gás natural no norte litoral de Portugal) foi vendida à EDP.
A GALP Energia é actualmente uma das maiores empresas Portuguesas e a marca de maior reconhecimento nacional.
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