quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A ajuda das marcas antigas a outra mais antiga, Portugal


O desenvolvimento de marcas nacionais é um elemento determinante para acrescentar valor à produção nacional. É que a marca é sempre um elemento central de uma bem sucedida estratégia de crescimento alicerçada numa presença sustentável nos mercados nacionais ou internacionais

Identificadas as áreas em que Portugal pode contar, por via da exportação, na recuperação económica, importa também apostar na afirmação das suas marcas. Segundo a análise da Espírito Santo Research Sectorial, as marcas são um património de primeira relevância para as empresas através das quais o consumidor percepciona um conjunto de referências positivas dentro e fora de portas. E através do qual também o País pode ser alavancado em termos de competitividade e sustentabilidade.

Mas, tal como as empresas nacionais, as marcas portuguesas que conseguem ter projecção fora de portas batendo-se com as internacionais ainda são muito poucas. Isto, apesar de um número crescente de empresas e empresários terem uma maior consciência da importância da construção de uma marca de forma sustentada através de um "continuado processo inovador".

Esta máxima é válida também para o mercado interno, onde cada vez mais portugueses têm consciência e atenção ao valor das suas marcas. A situação difícil do País gerou a ideia de que para ajudar à sua recuperação há que comprar e consumir produtos nacionais, pondo as empresas portuguesas a produzir e a vender. A ideia ganhou mais força com acções como "Compro o que é nosso".

Em seis anos, são já 814 as empresas aderentes ao programa (45% do sector alimentar), representando 2500 marcas e um volume de negócios agregado superior a 14,5 mil milhões de euros. É objectivo da AEP atingir as 1000 empresas e 3000 marcas em 2012.

Não será difícil uma vez que os portugueses valorizam cada vez mais as suas marcas carregadas de atributos como a qualidade, imagem, garantia, confiança, responsabilidade, continuidade e preço. Mas também antiguidade, que pode parecer um aspecto negativo mas não é - é sinal de resistência... E, nos dias que correm, são características que importam, e muito. É o caso do vinho do Porto Fonseca, perfumes Ach Brito, conservas Bom Petisco, Licor Beirão, panelas Silampos, Renova, vinhos Ferreirinha e Mateus, farinha Branca de Neve, lápis Viarco, leite Lactogal, farmacêutica Bial, Compal, pasta medicinal Couto, entre muitas outras marcas, algumas com mais de 50 anos ou lá perto...


in: DN

5 comentários:

Emilia disse...

Gostei do seu blogue! Partilhei o último post no Facebook e vou voltar. Continue!

Orquidea disse...

Continuas a prestar um verdadeiro serviço público a cada post que escreves... mas este está particularmente bom.... quer na forma quer (e especialmente) no conteúdo.

Já há alguns anos que faço por me auto-educar para comprar produtos portugueses e divulgo várias vezes essa máxima! Pode ser que finalmente, agora que vamos embater com toda a força "no fundo do poço", as pessoas ganhem finalmente essa consciência que o desenvolvimento económico do nosso comércio e indústria depende de todos nós.

De todas as marcas que referiste, faço apenas um apontamento sobre a pasta medicinal Couto: lembro-me perfeitamente de, na minha juventude, o meu usar esta pasta mas eu sempre preferi outras marcas "mais modernas". O que é certo é que, décadas mais tarde venho a constatar que a única marca de pasta de dentes que me satisfaz em termos de frescura e sensação de dentes bem lavados é... ora pois claro... a Pasta Medicinal Couto. Hoje não dispenso!

:)

PS: ainda não te tinha dito que gostei imenso da nova imagem de fundo.

Orquidea disse...

*(o meu pai usar esta pasta)

mfc disse...

E não me esqueço nunca daquele spot... "Palavras para quê?! É mais um artista português que usa Pasta Medicinal Couto"... enquanto um preto volteava uma cadeira segura pelos dentes!!

Anónimo disse...

Sempre que posso eu COMPRO O QUE É NOSSO! Sempre foi e será assim.

Tudo de bom.

Grande abraço.