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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Rafael Bordalo Pinheiro
Os objectos espelham a genialidade artística de Bordalo Pinheiro, o fundador da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, em 1884. Depois, o seu grau de exigência. Bordalo rodeou-se dos melhores oleiros, insistiu no apuramento das técnicas e dos materiais, trabalhou cada molde até não lhe encontrar defeito.
Nos seus trabalhos, Bordalo fez questão de não ceder à influência estrangeira. Batalhou para dar um cunho português à sua fábrica e dar forma só ao que era mais genuinamente nacional. Aproveitou as tradições locais no conteúdo e na forma, recorrendo ao saber da olaria das Caldas da Rainha para criar peças diferentes, que traduziam o que via, como galinhas, rãs, peças de fruta ou cestos de vime.
Não só. Outra vertente lhe havia de trazer fama até à atualidade: a cerâmica humorística, onde se enquadra o eterno Zé Povinho e a sua mulher, Maria Paciência, mas também toda uma galeria de figuras populares, misto de uma visão etnográfica e caricatural, que não poupou nenhuma classe ou meio social.
A conhecida loiça da folha de couve saltou da cozinha da avó para as casas mais "trendy" e até para uma exposição em Nova Iorque. Bordalo Pinheiro voltou a estar na moda
in: Revista Única do Expresso de 20 de Novembro de 2010
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6 comentários:
Quem não teve uma loiça destas que levante a mão? Bem me parecia. Ninguem...
A fábrica ainda labora
ou já marchou borda a fora?
(agora que pergunto, vou saber...)
A Fábrica está bem e, ao que parece, recomenda-se...
Quando o meu garoto foi ver as obras dele ficou todo contente de se chamar Rafael e fizeram lá um atelier para os miúdos... ainda tenho o prato feito por ele com camarões , salsichas e feijão verde... acho que ele apanhou o espírito da coisa lol
Bjos
Uma boa notícia para variar ;-)
Temos que apostar na nossa arte e na nossa cultura, só assim podemos fazer a diferença.
Beijinhos
os portugueses já fazem a diferença EM TUDO
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