“Caminhando pelo centro da cidade, encontram-se não só lojas fechadas, mas quarteirões inteiros de casas abandonadas. O Porto está a tornar-se rapidamente numa espécie de Detroit [a cidade norte-americana que, após o declínio da indústria automóvel, declarou falência] europeia ou de mini-Havana [a capital de Cuba, país alvo de bloqueio económico por parte dos EUA ]”, descreve-se.
Mau, muito mau... pior seria impossivel.
5 comentários:
Não compreendo porque se dá tanta importância a esta notícia. O Porto sempre teve zonas pobres como Londres também. Ou alguém julga que não há pobres ingleses?
Hugo, Londres.
Durante um ano, e sempre ao primeiro domingo de cada mês, andei a fotografar ruas/locais da cidade do Porto (a minha cidade), sem qualquer interesse de divulgação turística ou denúncia de algo que está mal.
Simplesmente decidi fotografar e partilhar no meu blog, locais que fazem parte da minha vida, desde a infância até aos dias de hoje.
Infelizmente,e a exemplo de MUITAS outras cidades, captei não só, mas também, degradação, abandono, miséria. E não estou a falar de "zonas pobres" que sempre existiram e vão continuar a existir. Estou a falar por exemplo, da baixa da cidade... tão procurada (e fotografada) por turistas, que lá vão aparecendo e deixando uns cobres nesta cidade que mesmo envelhecida e muito mal tratada, é a minha cidade e eu ADORO-A!
Tudo de bom.
Grande abraço.
O Porto assim como Lisboa ou Madrid têm as suas principais artérias - a denominada "baixa" - com o comércio tradicional todo a fechar, seja pela crise, pela reforma dos seus proprietários, ou pela falta de intervenção das entidades competentes...
O mau é que o Porto está a ser publicitado por isso.
Se o povo do Porto conhecesse a caderneta de racionamento... e percebessem que assegurariam com ela o acesso a carne, leite e azeite, talvez mandassem rifar o "Banco Alimentar"...
Às vezes leio estas notícias e acho que não estão a falar do "meu" Porto. E não me considero uma pessoa particularmente distraída. A tão famosa austeridade foi pretexto para a BBC cá vir mas, tivesse vindo antes, já teria visto desde há muito tempo esse abandono de casas e fecho de lojas. A deslocação das pessoas para a periferia não é nova e a preferência por (por exemplo) centros comerciais para compras também não é de hoje.
Aliás, o que tenho vindo a ver é uma tendência para contrariar isso. Talvez os sítios de movimento já não sejam exactamente os mesmos, mas é inegável que tem vindo a existir uma vaga de dinamização do Porto e que não se limita (felizmente) à vida nocturna.
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