segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A vida quotidiana há 100 anos - Nostalgia XXXIV


A revista SÁBADO desta semana, traz uma reportagem sobre Portugal de 1910:

“Milhares de pessoas presenceavam o sorteio da Lotaria de Natal, o paiz só tinha seis cabines telefóniocas e 3.211 automoveis e os toureiros eram as grandes estrellas. O pais era pobre: cerca de 75% dos quasi 6 milhões de habitantes dedicavam-se à agricultura. As fabricas e as lojas funccionavam ao fim de semana e os trabalhadores, não tinham direito a descanso semanal.

Na epocha era tolerada a frequencia masculina de bordéis e em Lisboa havia quasi trez vezes mais prostitutas do que médicos:em 1900, existiam 1197 registadas na cidade. Já no Porto, o número chegava a 438.”

(Texto escripto com a orthografia da epocha)

domingo, 26 de setembro de 2010

Portugal, está a renegrir...


O aperto em que os portugueses vivem este momento, faz-me lembrar os tempos da outra senhora, em que os miúdos corriam descalços, o trabalho quase de escravo, era sagrado, Fátima encobria as asneiras da governação e a fome reinava num país de analfabetos.

Não quero voltar ao passado...

sábado, 25 de setembro de 2010

Lisboa Restaurant Week


O evento, teve inicio no dia 22 de Setembro e prolonga-se até ao dia 2 de Outubro, conta com 52 restaurantes de prestígio. Cada um vai criar um menu específico para a iniciativa, que inclui entrada, prato principal e sobremesa, disponível ao jantar e, no caso de alguns restaurantes, também ao almoço. Bebidas e café não incluídos.

A Lisboa Restaurant Week, que tem como principal objectivo facilitar o acesso aos melhores restaurantes da cidade através de um preço convidativo, é também reconhecida pela sua componente solidária. Assim, a grande novidade desta edição são os donativos à Associação Mulheres de Vermelho, pelo seu empenho na prevenção das doenças do coração nas mulheres, e ao Jardim Zoológico de Lisboa, no âmbito do Ano Internacional da Biodiversidade, que se assinala este ano. Desta feita, por cada refeição, um euro reverte a favor das referidas instituições.

"Anda tudo a fazer pouco da gente"


O país está à deriva. Este Governo é miserável. Os Ministros estão desesperados. As desculpas são ridículas. Resta-nos rir disto tudo. A Ivone e o Camilo é que sabiam.

Ao assistir às declarações patéticas e desculpas esfarrapadas de vários Ministros que preferem apontar baterias ao PSD (partido que lhes deu o soro do défice quando andavam por aí moribundos) a tratar a despesa pública como se esta fosse um problema e não uma pequena comichão na zona da virilha, lembrei-me várias vezes deste vídeo. Fui procurá-lo e aqui está ele. Já não há muito a dizer. Está tudo dito. E tudo escrito. Não são Governo? Então porque não governam?

Escrito por: Tiago Mesquita

Uma Casa Portuguesa III


Construída num morro granítico a oitocentos metros de altitude, fica a típica aldeia de Monsanto, onde as habitações totalmente construídas em pedra granítica ou têm uma pedra em cima (ou a casa debaixo duma pedra). Neste caso, a casa está por cima. Casa de um só piso, mas que parecem dois devido á sua construção em cima de um penedo para aproveitamento do espaço.

Nos pátios das casas de pedra que parecem nascer entre rochas e flores, ainda se vêem animais de criação particular como galinhas e coelhos.

Localização: Aldeia de Monsanto, concelho de Idanha-a-Nova

Tipo: Habitação

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Lisboa Subterrânea



A Câmara de Lisboa abre ao público, nos dias 24, 25 e 26 de Setembro, as famosas, mas ainda desconhecidas para a maioria, Galerias Romanas da Rua da Prata.
As visitas são gratuitas e decorrem, sob orientação dos técnicos do Museu da Cidade, entre as 10h00 e as 18h00.
Tendo em conta que esta é a única época do ano em que se podem visitar as Galerias Romanas da Rua da Prata são esperadas longas filas de curiosos e, por tal, aconselha-se que chegue cedo, uma vez que a entrada é feita por ordem de chegada.

A entrada para as Galerias Romanas da Rua da Prata fica localizada junto ao n.º 77 da Rua da Conceição

O Livro da 4ª classe - Nostalgia XXXIII



Reúne conhecimentos que nos nossos dias só são adquiridos já ao nível do sétimo ou até mesmo do oitava ano. O que não surpreende se tivermos em linha de conta que a antiga quarta classe comportava um desenvolvimento e conhecimentos agora adquiridos apenas ao nível do nono ano.
Um dos aspectos de todo o livro é a qualidade das suas ilustrações, com belas cores, tornando a sua leitura num exercício agradável.
Foi livro único durante bastantes anos pelo que é hoje muito recordado por muitos portugueses. Uma verdadeira lição ao estilo de Oliveira Salazar…

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O livro da 3ª Classe - Nostalgia XXXII


Os antigos manuais escolares eram especialmente elaborados pela Direcção Geral do Ensino Primário, tendo em conta as necessidades culturais e profissionais dos meios populares. Aproveitando-os ainda, para realizar uma verdadeira limpeza cerebral, e incutir os valores do Estado Novo, em que os alunos cresciam na ignorância proporcionada pela ditadura .

Um exemplo desses manuais é o Livro da Terceira Classe, Ed. Domingos Barreira, 4ª Ed., 1958 , em uso durante décadas. O livro era constituido por 112 textos, sendo quase todos uma ode os valores do Estado Novo e onde praticamente se proibia pensar, pois o pensamento livre numa ditadura é perigoso…

terça-feira, 21 de setembro de 2010

O Livro da 2ª classe - Nostalgia XXXI


Tal como os seus companheiros editoriais da época, este livro é bastante bonito, com belas e coloridas ilustrações, contendo leituras várias, já adequadas à classe a que se refere e com ensinamentos sobre doutrina cristã e aritmética. Por conseguinte era um livro que servia três propósitos importantes do ensino da altura.

As leituras estão impregnadas de ensinamentos e fundamentos no amor e respeito por Deus, pela família, de modo especial pelos pais e irmãos, pela Pátria bem como pelos usos, costumes e tradições, não esquecendo a terra e os animais. Era um livro em que já se formatava a trilogia de Deus, Pátria e Família, mas mantendo a conhecida ignorância sobre liberdade, tão típica do Estado Novo.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O Livro da 1ª Classe - Nostalgia XXX



Trata-se de um dos mais bonitos livros de leitura do ensino primário, nomeadamente da primeira classe. Segue o esquema habitual de ensino na época, principiando pelas vogais, partindo para as consoantes, com leituras de acordo com as letras aprendidas.

Tem ainda uma secção destinada à aprendizagem da doutrina cristã, com as principais verdades da fé católica, mas também com noções e princípios dos deveres cívicos do Estado Novo.

A terceira secção é dedicada ao ensino da aritmética, com a aprendizagem dos números e sua noção, noção de quantidades, exercícios com as operações de soma, subtracção, divisão e multiplicação. Todos os exercícios estão ilustrados, ajudando o processo de compreensão e aprendizagem.

Ainda sou do tempo, dos puxões de orelhas e das réguadas, mas já não sou do tempo deste livro de leitura.

domingo, 19 de setembro de 2010

Quitoso "O Regresso às Aulas" - Nostalgia IXXX



Eu ainda sou do tempo, em que se brincava na rua, apesar de viver
em Lisboa, passava um mês de férias numa aldeia beirã em casa
dos meus avós e despreocupado por estes dias ainda tinha
férias a gozar. Pois é. Eu ainda sou do tempo, em que a escola
começava em Outubro, as férias grandes tinham 3 meses e todos
os anos havia uma praga de piolhos na escola.

Esta semana, é a semana do regresso às aulas...