segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Poço da Morte, acabou...



O homem de oitenta e um anos que assegurava o espetáculo teve um acidente, e foi obrigado a abandonar a atividade. Ao longo de seis décadas desafiou o perigo.Agora tem um divertimento nas feiras muito mais tranquilo.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Casar em Portugal



Agosto é o mês dos casamentos por excelência. As possibilidades são tantas que é dificil escolher. Tudo depende da bolsa...

Casar no Mosteiro dos Jerónimos, no Santuário de Fátima ou no Cristo-Rei não é impossível. Só não é para todas as bolsas. Além disso, os noivos têm de se sujeitar às intermináveis listas de espera e às exigências de cada lugar. Fátima até nem é dos sítios mais caros. Casar na Basílica de Nossa Senhora do Rosário, em pleno santuário, custa 83 euros em taxas, mas só há casamentos aos sábados e ao meio-dia em ponto. E há outras exigências. No que toca à escolha das músicas, por exemplo, os noivos não estão autorizados a opinar: a selecção é feita pelo santuário, que obriga ainda a que esteja presente um organista e um solista. De resto, também não é permitido lançar arroz, flores ou confetti sobre os noivos, para não sujar o espaço.

O Mosteiro dos Jerónimos é mais caro: os preços podem variar entre os 140 e os 170 euros, consoante os noivos sejam, ou não, da diocese de Lisboa. Os casamentos só podem ser marcados para os sábados de manhã, não são permitidos balões e os noivos até podem escolher as músicas desde que, segundo a agência Lusa, não sejam músicas "de filmes ou de namoro". Ou seja, só é aceite música sacra.

Ainda este ano devem realizar-se 40 casamentos no Cristo-Rei. Aqui são permitidos todos os tipos de música, "desde que não seja muito violenta". A cerimónia custa 100 euros e não é permitido pôr flores no altar.

Também é possível casar no Castelo de São Jorge - o preço varia em função do número de convidados - e no Palácio da Pena, em Sintra. Aqui, o casamento custa 1500 euros, fora o IVA, e só pode acontecer ao final da tarde e para menos de 100 pessoas.

A Norte, o santuário do Bom Jesus, em Braga, é dos lugares religiosos mais procurados. Só no ano passado, serviu de palco a 84 casamentos. Paga-se 50 euros e o cónego responsável diz que não se lembra de nenhuma noiva ter subido, a pé, a enorme escadaria do santuário.

Aparentemente, a crise também já chegou aos lugares mais idílicos para casar: no Mosteiro da Batalha, o padre responsável admite que actualmente já só celebra "metade" dos casamentos "de há seis ou sete anos". Mesmo assim, ainda faz "cerca de 50 por ano".


domingo, 14 de agosto de 2011

Favaito, o anti Martini...


Adega Cooperativa de Favaios lançou a campanha de marketing online do Favaíto, com o claim “Bonito Bonito é pedir um Favaíto!”. A DUDA Portugal foi a agência responsável pela campanha que visa aproximar a marca a um target mais jovem e urbano (dos 18 aos 35 anos), aumentar a visibilidade e notoriedade de Favaíto nas redes sociais e subsequente aumento da procura daquela que é a marca Líder na categoria dos Moscatéis, com 64% de quota de mercado.

Favaíto ganha assim uma identidade mais pop através de uma linguagem simples, directa e memorável.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Marisco dos pobres


Nestas tardes quentes de verão ele é o rei, no enganar a fome.

Tremoço, um campeão de consumo em todas as esplanadas. É interessante descobrir que o actual “marisco dos pobres”, foi outrora alimento indispensável nas mesas mais abastadas e simbolizava o dinheiro nas antigas comédias romanas.

Acompanhado de uma cerveja fresquinha, a tradição ainda é o que era...

domingo, 7 de agosto de 2011

Lisboa na Russia

A revista de viagens russa Afisha-Mir fez uma reportagem sobre Lisboa e quis ver Lisboa pelos olhos do chef José Avillez.

"Para este artigo, seleccionei alguns dos espaços, lojas e restaurantes, de que mais gosto e que considero imperdíveis para quem visita a cidade de Lisboa". Da Fábrica dos Pastéis de Belém até A Vida Portuguesa.


sábado, 6 de agosto de 2011

Ponte "sobre o Tejo" faz 45 anos


A 6 de Agosto de 1966 o Diário de Lisboa escreveu que "quando o sol começou", nessa manhã, "a iluminar o estuário" do Tejo, "já filas ininterruptas de veículos procuravam fazer a travessia" da ponte, hoje denominada 25 de Abril.

O Diário de Notícias na época, descreve com muito detalhe "o dia em que Lisboa se levantou mais cedo" para ver inaugurar "a ponte", como havia de ser dita pelas bocas do povo. A "abertura simbólica" aconteceu "eram 12:44 precisas", há 45 anos. No jornal dá-se conta das excursões, dos turistas e até da simpatia "dos fabricantes de plásticos", que criaram "um prato raso com uma montagem fotográfica de Alcântara, sem esquecer a estrutura metálica inaugurada". Incluídos estão também o relato das buzinas dos carros e autocarros em longas filas à espera de atravessar para Sul e relatos do "alvoroço entre os apreciadores de televisão", que, não podendo assistir a olho vivo, encheram "os cafés de bairro".

A "Ponte Salazar" era, à época, a maior construção do género na Europa e uma das maiores do mundo. Custou mais de 2,1 milhões de contos, precisou de mais de 72 mil toneladas de betão, e chegou a ter, num só dia, as mãos de três mil homens a trabalhar para erguê-la. O Diário de Lisboa relata ainda a longa pompa e circunstância da cerimónia organizada pelo regime fascista de António Oliveira Salazar, que ordenou a construção da infraestrutura e fez dela sua homónima. Depois da revolução de 25 de Abril de 1974, que depôs a ditadura, a ponte mudou de nome. Os primeiros utentes pagaram 20 escudos (10 cêntimos) para passar a ponte. Hoje, 45 anos depois, o bilhete da portagem custa quase 15 vezes mais.

De acordo com dados da Lusoponte, concessionária da primeira travessia sobre o Tejo desde 1996, o preço da portagem paga por um veículo ligeiro desde essa altura até hoje quase duplicou. Entre os momentos que marcaram a história da ponte, que se cruza com a história da contestação às portagens, destacam-se os protestos do dia 24 de Junho de 1994, durante o Governo de Cavaco Silva.

Dezenas de camionistas bloquearam a travessia em protesto contra o aumento de 50 por cento nas portagens, que iria custear a construção da Ponte Vasco da Gama. Depois de largas horas de bloqueio por parte dos manifestantes, a polícia avançou sobre eles. Houve confrontos, diversas detenções, mais de uma dezena de feridos e um jovem ficou paraplégico depois de ter sido atingido por um tiro.

O 'buzinão' foi sempre um clássico da contestação às portagens na ponte, mas nunca como nesse ano. Desde 1966 o número de veículos a passar a ponte não parou de aumentar. Hoje a 25 de Abril recebe mais de 150 mil veículos por dia e cerca de 56 mil composições ferroviárias por ano. Tem uma média de 300 mil utilizadores diários.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Veleiro histórico Santa Maria Manuela aberto a visitas em Lisboa


Integrado no Festival dos Oceanos, o "Santa Maria Manuela", um antigo bacalhoeiro estreado em 1937 e recuperado já no séc. XXI para novas funções, vai estar ancorado no Parque das Nações, em Lisboa, de 5 a 7 de Agosto, para visitas e palestras.

A visita deste grande veleiro, um dos "últimos sobreviventes da Frota Branca Portuguesa (Portuguese White Fleet)" - juntamente com outros três lugres ex-bacalhoeiros,“Creoula”, “Argus” e “Gazela” -, está enquadrada na expedição científica SMM/MarPro 2011, uma iniciativa que junta universidades espanholas e portuguesas com "o objectivo de monitorizar o mar português pela sua importante diversidade de espécies de cetáceos, aves e outros animais e espécies marinhas".

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Museus de Lisboa


Nos dias 4 e 11 de Agosto, os museus lisboetas vão estar abertos entre as 18h00 e as 00h00, na quarta edição da iniciativa “Museus à Noite”, este ano integrada no Festival dos Oceanos.

Mais de duas dezenas de espaços culturais vão estar abertos pela noite dentro, com entrada gratuita, ainda que em alguns espaços seja necessário realizar marcação prévia, promovendo diversas acções e iniciativas específicas nestes dias.

MUDE, Museu do Oriente, Museu de São Roque, Mosteiro dos Jerónimos, Museu Colecção Berardo, Panteão Nacional ou Pavilhão do Conhecimento são alguns dos mais de 200 espaços que vai ser possível visitar nas noites de 4 e 11 de Agosto.

O Festival dos Oceanos, que assinala este ano a sua oitava edição, é uma iniciativa do Turismo de Lisboa que tem inicio no sábado, dia 30 de Julho, e decorre até 13 de Agosto, apoio do Turismo de Portugal e da Câmara Municipal de Lisboa.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Lisboa em Agosto


Não há bichas... ou melhor, filas

Não há coisa pior do que estar com pressa num supermercado e ter de escolher se vai para a caixa da senhora que tem dois carrinhos cheios até cima ou de outra que tem três cestos e algumas garrafas de água. Este é um dos dilemas que pode apagar da sua lista. Ir às compras já não é uma experiência apocalíptica: há pouco barulho e deve ser atendido quase de imediato.

Não tem de fazer reserva no seu restaurante favorito
Esta teoria não é 100% eficaz mas é provável que possa ir ao restaurante que mais lhe agrada sem ter de marcar. É isso mesmo, pode simplesmente aparecer. Não há complicações em procurar o número ou sequer gastar dinheiro na chamada. E por segundos pode sentir o mundo a seus pés quando chegar e disser “uma mesa por favor” e logo lhe mostrarem o caminho.

Encontra facilmente o seu lugar ao sol
Com certeza já deu por si a desistir de ir a determinado café ou bar porque não queria ficar uma eternidade de olhos postos na esplanada, à espera que alguém fizesse o favor de abandonar uma mesa. É outro ponto positivo das próximas semanas: é muito mais fácil ir a sua esplanada favorita sem se irritar nem perder as estribeiras.

Consegue ir à Loja do Cidadão sem traumas
Chegou a hora de renovar o bilhete de identidade, de actualizar a situação nas finanças ou até de tratar da Via Verde? Pois bem, esta é a altura ideal. Se estiver um dia quente e solarengo não deve ser o que mais lhe apetece mas faça um esforço, porque vale a pena. Será atendido muito mais depressa e a confusão de crianças a gritar e pessoas impacientes de lá para cá será bem menor.

No trabalho há menos trabalho
Deixe de se torturar por estar a trabalhar durante o mês de Agosto e de meio mundo estar de barriga para o ar na praia. Reconheça as vantagens: se a maior parte das pessoas está de férias é normal que tenha menos que fazer e não há clientes a ligarem. Se o chefe estiver fora, também pode andar mais descansado e, quem sabe, sair mais cedo. Nós não temos essa sorte...

Vai sentir-se em casa numa sala de cinema
É um cinéfilo assumido? Repudia quem se ri ou comenta partes do filme em plena sala ou quem come as pipocas de boca aberta amplificando o som já de si irritante? Então ir ao cinema é um prazer maior nas próximas semanas. Pode calhar ter uma sala só para si, sem incómodos nem barulhos estranhos. E se houver lugares marcados, pode simplesmente ignorar o papel.

Conhecer coisas novas nos mesmos sítios é possível
Vai ver que se vai surpreender. A maior parte das vezes a cidade está coberta por carros, andaimes, pessoas ou geralmente pela venda de stress e confusão comum a qualquer habitante. Caminhe pelas mesmas ruas e bairros com um olhar mais atento, prometemos que se vai deparar com coisas e sítios que nunca tinha reparado. Uma estátua ali, um café acolá, uma pintura aqui...

No ginásio você decide
Ponha-se em forma. Se os resultados não forem a tempo este ano, então fica para o próximo. A vantagem de se exercitar durante este mês é que não tem de se sujeitar às máquinas que estão livres ou às aulas com menos gente. Pode realmente escolher. Sem muita confusão, calor ou suor.

Os lugares para estacionar multiplicam-se
Se há um indicador que denuncia a chegada de Agosto e consequentemente da época de férias, então a quantidade de lugares vagos para estacionar - em zonas mais concorridas da cidade - é um dos mais fiáveis. Pode ir para qualquer lugar sem ter de se martirizar com o “plano estratégico” de estacionamento. Chega, faz o pisca, estaciona e vai à sua vida.

Conduzir já não é sinónimo de enlouquecer
Os longos suspiros, o fechar de olhos, os murros no volante ou os monólogos agressivos podem finalmente tirar folga. Ir ou regressar de carro do trabalho já não tem o mesmo sabor amargo. Dê graças por isso, não o tome por garantido porque quando chegar Setembro, caro leitor, tudo vai mudar outra vez.

A calma, o silêncio e o vazio
Passear na baixa da cidade sem dar encontrões a ninguém, andar de carro sem ouvir apitadelas ou ser presenteado com um “bom dia” na chegada e na despedida, num café ou numa loja é possível durante este mês. Os índices de stress e ansiedade baixam, a cidade está mais silenciosa e vazia e as pessoas mais simpáticas.

Assim é o mês de Agosto em Lisboa...