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terça-feira, 3 de maio de 2011

Tascas do Porto


O livro de Raul Simões Pinto, com fotografias de Gabriela Felício e prefácio de Helder Pacheco, intitulado As Tascas do Porto. Estórias e Memórias Servidas à Mesa da Cidade, foi editado em Novembro de 2007 e teve uma segunda edição em Janeiro de 2008. Descobri-o agora.

Se os cafés são espaços mais “educados” e “polidos” de discussão e formação da opinião pública, as tascas (ou tascos, no masculino) podem igualmente sê-lo, talvez numa versão mais rude ou popular (a interpretação é do autor da mensagem; estou aberto a críticas). No prefácio, Helder Pacheco aponta o “operariado das fábricas, do mar e da terra, em cujos bairros os tascos eram instituições obrigatórias”. O mesmo prefaciador indica que os tascos (as tascas) é um mundo masculino fechado, pois, durante muito tempo, as crianças e as mulheres sérias não podiam entrar. E é à noite, continua, que lá se encontram os melhores amigos, com discussões abertas sobre coisas sérias: política, amores, problemas sociais, questões de honra ou de dinheiro. Acrescento eu: e futebol...

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Bertrand do Chiado é livraria mais antiga do mundo


A livraria Bertrand do Chiado, em Lisboa, está de portas abertas desde 1732 e é o estabelecimento livreiro mais antigo em todo o Mundo. O atestado, certificado pelo Guiness Book of Records, está desde hoje patente no interior da loja.

Ao longo dos anos, a livraria Bertrand tem sido retiro de escritores e refúgio de revolucionários. As histórias são muitas, nomeadamente as que envolvem conspiradores republicanos. José Fontana (que se suicidou no interior da loja), Antero de Quental e Aquilino Ribeiro são alguns dos “fantasmas” cujas sombras permanecem vivas no interior da Bertrand.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Património Imaterial do Douro - Narrações Orais


«Há um sítio na aldeia de Zedes, do concelho de Carrazeda de Ansiães, que é conhecido por `ermo` e onde nenhuma erva nasce apesar de a terra ser boa. Dizem os antigos que aquele é o sítio da reunião das bruxas e que, por isso, a erva ali não consegue nascer».

Assim começa a lenda «Ermo das Bruxas», uma das inúmeras histórias, passadas de geração em geração, e que constam do livro «Património Imaterial do Douro - Narrações Orais» vol I e II de Alexandre Parafita; Edição Museu do Douro, 2007

Ao todo são 250 lendas e 166 contos populares que estavam em risco de extinção que o autor fez questão de resgatar às palavras guardadas na sabedoria dos mais velhos. Um trabalho só possível graças à transmissão de geração em geração daquilo que o tempo não apagou. Um trabalho de recolha que demorou três anos.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Amor e Sexo no Tempo de Salazar


"Amor e Sexo no Tempo de Salazar" é o título do livro escrito pela jornalista e escritora Isabel Freire.

Lançado esta semana, é uma viagem ao tempo em que o beijo era o mais perigoso dos delitos e as infidelidades corriam o risco de ser expostas nos sermões das missas. A novela da vida real é conduzida pelos relatos secretos de 12 homens e mulheres que hoje têm entre 70 e 90 anos, apimentados com documentos, revistas e jornais da época.

"Nos "dourados" anos 50, cabia ao homem governar a família e à mulher ser simultaneamente esposa, mãe e fada do lar. É a mesma época em que nenhum homem de boa moral ousaria casar com uma "galdéria" ou fazer com a esposa o que fazia fora de casa com outra mulher."

Mais de 80% das mulheres casadas, recorda Isabel Freire, não tinham orgasmos.

As mulheres de hoje, não sabem a sorte que tem... não viver nos anos 50.


Notícias Relacionadas:
Conta-me como foi. O amor, o sexo e o casamento no tempo de Salazar

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Sabores da Aldeia - Carta Gastronómica das Aldeias do Xisto



"Broa, batata, feijão, couves e um bocado de carne de porco. Podia haver um segundo prato - era repetir o primeiro se tivesse sobrado. Ao Domingo tínhamos couves três vezes ao dia, uma chouriça quando era, às vezes uma sardinha. O azeite nunca falhou." Lucília da Conceição Carvalho, 92 anos, Casal de São Simão.

É um livro, elaborado pelas mãos de saberes antigos que se perdem na história de Portugal, e que chegam, até nós como gastronomia de elevada qualidade temperada com o sabor da tradição.

O livro "Sabores da Aldeia - Carta Gastronómica das Aldeias do Xisto" contém 153 receitas cedidas de viva voz pelos habitantes das Aldeias do Xisto e contextualizadas. Uma obra que nos "faz sonhar com o pão saído do forno a lenha, quente e a fumegar, partido com as duras mãos e saboreado com sofreguidão, comido com mel ou azeite..."

A sua publicação insere-se no projecto de requalificação da Rede das Aldeias do Xisto: 24 aldeias distribuídas por 14 Municípios do Pinhal Interior, na Região Centro de Portugal - um território de enorme beleza e infinitas possibilidades de lazer, com tradições ainda vivas ligadas à agricultura de subsistência e ao ciclo da vida comunitária.