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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Escola...


Nos tempos do bafiento Estado Novo foram plantadas Escolas Primárias por todo o território nacional, desde a aldeia mais recôndita ao aglomerado populacional mais urbano.

Nesses edifícios, além do ensino do célebre ler, escrever e contar, podavam-se as mentes, não fossem estas vir a questionar as bases e os valores do regime. A Escola era, tal como hoje e sempre, um importante instrumento ao serviço do Estado e do conceito de sociedade por este perseguido.

O país era rural, os aglomerados populacionais pequenos, as mulheres domésticas e a Escola Primária cumpria o papel a ela destinado.

Nos dias de hoje já não há uma escola em cada povoação, a escola começa em Setembro e as professoras já não usam carrapito nem dão reguadas, já não se vêem tabuadas na mochila, foram substituídas por calculadoras ou em alguns casos pelo Magalhães.

Os alunos já não se levantam em sinal de respeito quando alguém entra na sala de aula e as velhas carteiras com tinteiros ao centro foram substituídas por novas de contraplacado. A tradição já não é o que era...

e ainda bem. O botas já não dá lições a ninguém.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

A Escola


Nesta altura de renovação do sistema de ensino português, deixo aqui uma pérola do mesmo. A composição de um aluno da 4º ano da escola primária. Devido à dificuldade da sua leitura, aqui fica o texto:

Composição

O leite é muito bom. Eu gosto muito de leite.
As vacas dão leite, as cabras também. O meu pai diz que há cabras de duas pernas no Parque Eduardo VII, mas não dão leite, dão outra coisa que ele disse, mas eu não percebi.
As ovelhas também dão leite e mais outros animais que têm mamas. O senhor prior cá da aldeia também dá leite aos pobres, mas é em pó

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O Livro da 4ª classe - Nostalgia XXXIII



Reúne conhecimentos que nos nossos dias só são adquiridos já ao nível do sétimo ou até mesmo do oitava ano. O que não surpreende se tivermos em linha de conta que a antiga quarta classe comportava um desenvolvimento e conhecimentos agora adquiridos apenas ao nível do nono ano.
Um dos aspectos de todo o livro é a qualidade das suas ilustrações, com belas cores, tornando a sua leitura num exercício agradável.
Foi livro único durante bastantes anos pelo que é hoje muito recordado por muitos portugueses. Uma verdadeira lição ao estilo de Oliveira Salazar…

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O livro da 3ª Classe - Nostalgia XXXII


Os antigos manuais escolares eram especialmente elaborados pela Direcção Geral do Ensino Primário, tendo em conta as necessidades culturais e profissionais dos meios populares. Aproveitando-os ainda, para realizar uma verdadeira limpeza cerebral, e incutir os valores do Estado Novo, em que os alunos cresciam na ignorância proporcionada pela ditadura .

Um exemplo desses manuais é o Livro da Terceira Classe, Ed. Domingos Barreira, 4ª Ed., 1958 , em uso durante décadas. O livro era constituido por 112 textos, sendo quase todos uma ode os valores do Estado Novo e onde praticamente se proibia pensar, pois o pensamento livre numa ditadura é perigoso…

terça-feira, 21 de setembro de 2010

O Livro da 2ª classe - Nostalgia XXXI


Tal como os seus companheiros editoriais da época, este livro é bastante bonito, com belas e coloridas ilustrações, contendo leituras várias, já adequadas à classe a que se refere e com ensinamentos sobre doutrina cristã e aritmética. Por conseguinte era um livro que servia três propósitos importantes do ensino da altura.

As leituras estão impregnadas de ensinamentos e fundamentos no amor e respeito por Deus, pela família, de modo especial pelos pais e irmãos, pela Pátria bem como pelos usos, costumes e tradições, não esquecendo a terra e os animais. Era um livro em que já se formatava a trilogia de Deus, Pátria e Família, mas mantendo a conhecida ignorância sobre liberdade, tão típica do Estado Novo.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O Livro da 1ª Classe - Nostalgia XXX



Trata-se de um dos mais bonitos livros de leitura do ensino primário, nomeadamente da primeira classe. Segue o esquema habitual de ensino na época, principiando pelas vogais, partindo para as consoantes, com leituras de acordo com as letras aprendidas.

Tem ainda uma secção destinada à aprendizagem da doutrina cristã, com as principais verdades da fé católica, mas também com noções e princípios dos deveres cívicos do Estado Novo.

A terceira secção é dedicada ao ensino da aritmética, com a aprendizagem dos números e sua noção, noção de quantidades, exercícios com as operações de soma, subtracção, divisão e multiplicação. Todos os exercícios estão ilustrados, ajudando o processo de compreensão e aprendizagem.

Ainda sou do tempo, dos puxões de orelhas e das réguadas, mas já não sou do tempo deste livro de leitura.

domingo, 19 de setembro de 2010

Quitoso "O Regresso às Aulas" - Nostalgia IXXX



Eu ainda sou do tempo, em que se brincava na rua, apesar de viver
em Lisboa, passava um mês de férias numa aldeia beirã em casa
dos meus avós e despreocupado por estes dias ainda tinha
férias a gozar. Pois é. Eu ainda sou do tempo, em que a escola
começava em Outubro, as férias grandes tinham 3 meses e todos
os anos havia uma praga de piolhos na escola.

Esta semana, é a semana do regresso às aulas...