domingo, 15 de agosto de 2010

Jerónimo Martins - Nostalgia XXIII



Há muitos, muitos anos, não se ia á loja de Janeiro a Janeiro, nem estava aberta o ano inteiro. Não se chamava Pingo Doce, Feira Nova ou Recheio, mas estabelecimentos Jerónimo Martins.

Decorria o ano de 1792, quando um jovem galego chega a Lisboa em busca de melhores dias, e abre a sua modesta loja no Chiado onde as cicatrizes do terramoto de 1755 são ainda visíveis. Na sua "tenda", como na época lhe chamavam, vende de tudo um pouco: os enchidos carregados de colorau, queijo, as sacas de trigo e de milho, molhos de velas de sebo, boticões de vinho, vassouras, etc.

Inicialmente situada na actual Rua Ivens, a "tenda" muda para a Rua Garrett, edifício que se mantém até ao grande incêndio que destruiria boa parte da tradicional imagem do Chiado.

Entre guerras familiares, quase falências, duas guerras mundiais e várias revoluções, passaram mais de dois séculos e nesse longínquo ano de 1792, Jerónimo Martins não terá imaginado que a sua humilde loja iria atingir tal longevidade e transformar-se no Grupo que é hoje.

4 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

Já aaquele tempo se receava a inspeção alimentar...Veja-se a expressão de receio da menina dos biscoitos (poderia ter por legenda: Será que vem aí a ASAE?)

J disse...

Eu diria que é mais do género:
"Espero não encontrar uma aranha dentro da lata".

Anónimo disse...

Eu ri do comentário do Rogério Pereira...

Ótimo dia para vc.

Osvaldo disse...

Polittikus;

Como é bom recordar.

Ainda recordo, quando criança olhar maravilhado par as imagens nas latas de biscoito.
Preferia o desenho ao biscoito.

Um abraço.
Osvaldo