quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Incêndio no Chiado



25 de Agosto de 1988: Lisboa acordou com o coração em chamas. Tinha deflagrado um desastroso incêndio numa loja da Rua do Carmo, que liga a Baixa ao Bairro Alto. Os carros de bombeiro não conseguiram entrar na rua do Carmo, reservada aos peões cuja obra polémica se deve ao mandato executivo de Nuno Abecassis, o então presidente da Câmara Municipal de Lisboa, tendo o fogo propagado rapidamente aos edifícios contíguos à Rua Garrett.

Além de lojas e escritórios, foram destruídos muitos edifícios do século XVIII. Os piores estragos foram naturalmente na Rua do Carmo, vedada ao acesso das viaturas de socorro.

Foram momentos dramáticos na vida da cidade. Vinte e dois anos depois, o Chiado é outro. Mais limpo, apressado e cheio de marcas. Mas naquele dia, morreu uma época, um estilo, uma vida alfacinha, que chamais voltaria. O Grandella, a Valentim de Carvalho e o seu espólio sonoro, único.
Lisboa nunca mais foi a mesma...

3 comentários:

Teófilo Silva disse...

Lembro-me muito bem dete incêndio. Quando se deu o incêndio, estava a gosar férias nas Caldas da Rainha, mais precisamente em Foz do Arelho. Uma verdadeira tragédia que fez desaparecer uma zona histórica da capital.

Julio Amorim disse...

Aquela rua (e o seu comércio) era a mais emblemática de Lisboa....sem comparações nenhumas! O que lá está hoje é muito inferior em termos de ambiente e qualidade.
Nunca gostei tanto de uma rua....como a Rua do Carmo lá para 1970. Tristeza esta perca!

Isa GT disse...

Um dia bem marcante porque hoje ainda me lembro de tudo o que fiz nesse dia e, exactamente, o que estava a fazer quando ouvi a notícia.

Bjos